Wilfred,
classificada com uma comédia do canal FX é um remake de um sucesso Australiano;
séries que não são tão comuns quanto às americanas. Eles não trabalham aquele humor
de senso comum.A série é produzida por David Zuckerman (Family Guy, American
Dad)e se você procura uma série de riso fácil, não perca seu tempo; ela faz rir
nas entrelinhas enos leva a muitas reflexões também.
Comecei
a me interessar pela série, pois temos no elenco Elijah Wood (O senhor dos anéis),
ele vive o advogado desempregado e em depressão,Ryan;que não sabe lidar com a
pressão familiar quando resolve não fazer nada em sua vida.A série se inicia
com Ryan tentando se suicidar e após a tentativa falha (sua irmã havia lhe dado
pílulas de açúcar), ele passa a conhecer sua vizinha Jenna (Fionna Gubelmann),
por quem Ryan tem um amor platônico, e Wilfred (Jason Gann), o cachorro de
Jenna, que apenas Ryan enxerga como um humano vestido de cachorro.
No
começo da série Ryan se vê apavorado, pois pensa que Wilfred é uma alucinação,
mas logo ele se acostuma com a presença do cachorro que acaba setornando sua
única companhia. A relação dos dois é um show a parte; asfalas e a
interpretação de Jason Gann garantem muita reflexão e um humor ácido que te faz
não querer largar a série.
Wilfred
é exótico, sacana, sádico, machista, mulherengo, preconceituoso e muito troll.
Um homem maluco, viciado em drogas e sempre ambíguo, se não fosse um cachorro.
Muitas vezes você é pego de surpresa também, porque não tem como ver Wilfred
como um cachorro e você se acostuma com isso, até ver cenas em que faz xixi num
poste ou implica com o carteiro.
A primeira temporada de Wilfred não foi a melhor temporada das
séries que já vi, mas a cada episódio o nível subiu e a série me fez comprar a
ideia e entrar na viagem, com episódios excelentes e ótimas referências a Lost,
inclusive na forma com que a série foi conduzida... Como um jogo de peças! O
final da temporada deixou um Cliffhanger que fez com que todos ficassem loucos
pela segunda temporada...
Spoiler Alert
Até aqui a série só evoluiu, principalmente Ryan que manteve sua
depressão, alucinação, dependência e manipulação de Wilfred durante toda a
temporada e só no final, vimos Ryan agindo lucidamente e sozinho. Enfrentando
Wilfred e assumindo pra si mesmo que gosta e quer Jenna. Descobrimos o motivo
de Ryan ter abandonado sua carreira e estar em depressão, ele era um péssimo
profissional, que usava de chantagem para obter o que queria. E após tantos
acontecimentos Ryan realmente acorda, abre a porta do porão onde ele e Wilfred
passaram a maior parte do tempo e dá de cara com um armário vazio. E o acidente
de Wilfred e o fato de ele não reconhecer Ryan nos deixou pensando... O QUÊ?
A
segunda temporada de Wilfred conseguiu manter o bom nível, atingir um ponto bem
mais alto ainda que a primeira e foi bem mais melancólica que cômica. Esta
temporada trouxe ações e consequências mais realistas, principalmente às
loucuras de Wilfred, tornando a narrativa mais segura e os diálogos mais ricos
em reflexão. Os roteiristas da série perceberam e apostaram que todos os fatos
se desenvolvem seguramente com Wilfred a frente de tudo e Ryan nos fazendo
entrar no enredo alucinógeno nos fazendo questionar sobre a mitologia criada
sobre a existência de Wilfred.
Wilfred
é diferente de todas as comédias que já assistimos e a segunda temporada foi a
comprovação disso, nos levando a outra viagem total, como em diversos episódios
em que o cachorro conduz o homem e o ensina a enfrentar a insanidade que este
mundo é. Dando a cada episódio a ideia de missão cumprida. Nesta temporada vale
mencionar a participação do personagem Urso, que nada mais é que um urso de
pelúcia inanimado, mas rende cenas impagáveis com Wilfred. Aprendemos nesta
temporada que o que faz é série ser tão boa, são as diversas perguntas sem
respostar que vão surgindo. SDDS LOST!
Após
a revelação bombástica no final da segunda temporada, de que Wilfred sempre
esteve presente na vida de Ryan, foi eterna a espera pela terceira temporada
que está genial.
O
que é Wilfred? Essa é a pergunta que norteia a terceira temporada e que Ryan
parece decidido a responder, indo inclusive em busca das origens do cão, mas
por enquanto a única resposta palpável e a de que Ryan realmente é um doente
mental. Wilfred explica e acredita ser um ser mágico e imortal, o que traz
altas risadas, porém nenhum sentido. Justamente os acontecimentos sem sentido é
que deixam a série melhor, Jason Gann está cada vez mais fantástico vestido
naquela roupa de cão. Por mais que tenhamos perguntas, o próprio Wilfred nos
disse no primeiro episódio da terceira temporada que as respostas virão com o
tempo.
O
segundo episódio nos traz o tema religioso sobre a perspectiva exagerada de
Wilfred e seu questionamento sobre vida após a morte. E retorna ao tema da
tensão sentimental entre Jenna e Ryan.
No
quarto episódio vimos mais do universo canino, Wilfred vai a uma escola de
adestramento. Ryan leva Wilfred à escola, para impressionar uma antiga namorada
que ele encontra no parque, rendendo cenas excelentes... É incrível como quando
se trata dos costumes caninos, o episódio tem risadas garantidas. De forma
sarcástica, esse episódio é sobre Bullying que o Wilfred sofre e pratica com os
outros cães na escola de adestramento e apesar de ser um tema tão desgastado, a
forma de abordar o assunto na série é inédita e muito engraçada. A personagem
convidada nos traz novamente ao drama de Ryan, em mostrar realmente quem ele é
com suas instabilidades e problemas mentais.
O
quinto episódio é focado na evolução de Ryan,ele está com dificuldades para
pagar a hipoteca de sua casa e para arrecadar dinheiro, por isso decide alugar
um de seus quartos. Claro que Wilfred se interessa e se intromete para escolher
a colega de quarto de Ryan e a dinâmica entre os três personagens rendeu
bastante.Uma figura feminina para se encaixar nesta série, tem que ser
realmente muito estranha.
O
sexto episódio foi o mais emotivo desta temporada e se focou no desenvolver da
relação de Jenna e Ryan. Drew resolve fazer uma festa surpresa para o
aniversário de Jenna, Ryan se propõe a ajudá-lo e se esforça para fazer uma boa
festa com o intuito de impressionar e deixar Jenna feliz. Wilfred obviamente se
intromete, forçando Ryan a decidir entre se declarar ou realmente esquecer
Jenna e ele escolhe o mais cabível, tentar esquecê-la.
O
sétimo episódio foi uns dos mais fantásticos até agora, tivemos Wilfred na sua
melhor e mais maldosa forma. A história do assassinato na vizinhança foi um
tanto quanto sinistra e eu tinha certa certeza de que Wilfred estava tramando
tudo, e não fiquei impressionada com o fato dele ter assassinado seu maior
rival, o cão Jujubinha.Sua explicação com referência a Scooby Doo foi
divertidíssima, aliás, o desenrolar do episódio lembrou muito Scooby, o desenho
racista.
Entrelaçado
a história do assassinato tivemos a insônia do Ryan, e eu fiquei pensando que
era um sonho e não um surto dele. Mas a melhor parte pra mim foi ver que o pai
do Ryan... É o Harry de Dexter (James Remar)!<3
E
o hobby de Wilfred fotografar as pessoas no banheiro?! Enfim, 3x7 na lista de melhores episódios.
O
episódio oito foi incrível, os roteiristas de Wilfred melhoram e se superam a
cada episódio, principalmente quando a gente acredita que não é mais possível.
Este episódio deu continuidade ao problema de Ryan com o pai, devido a isso ele
vai fazer terapia e reviver as memórias do passado, para enfrentar os problemas
com seu pai. Com muitos flashbacks, este foi mais um dos melhores episódios da
série. Quando apareceu o desenho do Ryan em que Wilfred está, eu achei que
teríamos algumas respostas, mas a série nos deu mais e melhores loucuras do
Wilfred, que nem fiquei incomodada com isso. A cena do Wilfred entrando na nave
alienígena foi engraçadíssima, mas ele Dálmata foi sinistro!
O
nono episódio da temporada foi bem mais calmo e focou na relação da família de
Ryan. Wilfred teve um episódio natalino, forçando Ryan a enfrentar seu pai e se
reunir com sua família. O episódio não foi um dos melhores, até porque não
gosto de natal e temas familiares... Rs. Mas o minuto final me deixou
boquiaberta... Jamais imaginei e aposto que vocês também não, que Kristen seria
a autora do desenho mitológico da série. E agora, será que Kristen também vê
Wilfred como Ryan o vê?! Essa reviravolta me deixou muito ansiosa pelos
próximos episódios e por mais respostas!
O
décimo episódio traz características do velho Ryan de volta e isso me faz ver
que ele e Wilfred têm muitas semelhanças, quando se trata de manipular pessoas.
Que episódio genial foi esse que nos trouxe mais e mais questionamentos?
Destaque para Wilfred interpretando uma personalidade feminina. . Mais uma vez,
ao final do episódio mais revelações. Kristen diz que o Wilfred que vimos atrás
da árvore, era seu amigo imaginário. Ryan vê em suas memórias, ele rabiscando o
desenho de Kristen e por debaixo de seus rabiscos aparece um símbolo
misterioso! OMG! O que será que significa o tal símbolo? E por que Ryan o
rabiscou?
O
décimo primeiro episódio de Wilfred continua com a excelente qualidade que
vimos até agora. Anne a inquilina de Ryan quer se mudar, pois tem que criar um
cachorro e acha que Ryan não vai querer mais um cão em sua casa. Wilfred se apaixona
por um cão de verdade. Foi espetacular o desenrolar deste episódio, Wilfred
fazendo serenata de amor foi muito engraçado. As teorias de Wilfred me assustam,
ao ponto de que acabamos vendo sentido nas bizarrices dele. Sua ideia de que
cães da mesma raça não podem ter relações sexuais, pois seria incesto, é muito
Wilfred. Estranho, exagerado e engraçado como sempre.
Outra
vez temos surpresas ao fim do episódio. Wilfred ao se despedir de Anne, diz que
está ansioso para ver o filho dela com Andrew. Mas como assim, Andrew? Mais
dúvidas levantadas, só espero realmente ver Anne outra vez!
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